Moisés morreu por pressionar a amante a largar o marido e o assumir |
O fazendeiro Moisés Moraes,
57 anos, que estava desaparecido desde o dia 29 de janeiro último, foi
encontrado morto, com o corpo queimado, quase totalmente desintegrado, em um
matagal de Juara, a 690 Km de Cuiabá/MT. Ele foi morto pela amante e seus
familiares, segundo a polícia.
A polícia apurou que Moisés
tinha um relacionamento extraconjugal com uma vizinha também casada e queria
que ela se separasse para viverem juntos. Como a mulher não aceitou, ele passou
a ameaçar divulgar imagens, vídeos e conversas íntimas entre os dois para os
familiares dela.
Para se livrar do amante
inconveniente, a mulher disse para o filho que era abusada sexualmente sob mira
de arma de fogo pelo fazendeiro, que ainda a ameaçava caso contasse para a
família. Ele acreditou na história e contou para o pai, que também acreditou,
nascendo a partir daí a sua sentença de morte.
No dia 29 de janeiro o
marido fez a mulher ligar para Moisés e marcar um encontro. Quando ele
chegou ao local em uma moto, nem chegou a descer do veículo e foi atingido por
um disparo feito pelo marido da amante. Em seguida levou mais dez tiros
disparados pelo filho dela.
O marido e um vizinho também
ainda deram mais um tiro cada. Em seguida o corpo da vítima foi enrolado em uma
lona, levado para o pasto, coberto por madeiras, que em seguida foram
incendiadas. O corpo permaneceu queimado por três dias e praticamente
desintegrou-se.
Foram indiciadas pelo
assassinato cinco pessoas: a amante de 44 anos, o marido dela, de 53 anos; o
filho de 22 anos, a filha de 19 anos e um vizinho de 39 anos, cujas identidades
não foram divulgadas pela polícia, alegando que os criminosos poderiam sofrer
ataques por parte de populares revoltados.
A filha, segundo o delegado
Carlos Henrique Engelmann, que preside o inquérito, não participou diretamente
do crime, mas ajudou a carregar o corpo da vítima até o local da propriedade
onde seu corpo foi queimado. Todos os envolvidos foram ouvidos pelo delegado e
confessaram o crime.
O marido e o vizinho foram
presos por posse ilegal de armas de fogo, mas pagaram fiança e conseguiram ser
colocados em liberdade. Todos os envolvidos responderão pelos crimes de
homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e posse irregular de
arma de fogo.